Prédios assinados em SP têm ‘apê’ por R$ 1 milhão
em Valor Econômico, 11/abril
Mercado imobiliário paulistano oferece projetos de excelente custo/benefício nessa faixa de preço, com design exclusivo e ‘amenities’ dignos do alto padrão.
No mercado imobiliário mais poderoso do Brasil, os empreendimentos de altíssimo padrão costumam monopolizar o noticiário de economia quando a pauta é “real estate”. Os edifícios mais caros, os mais altos e aqueles em parceria com marcas de luxo ou que oferecem serviços hoteleiros estão sempre sob os holofotes, gerando desejo em pessoas que, na maioria dos casos, não conseguirão realizar o sonho de comprá-los.
Mas a boa notícia é que existem produtos na capital paulistana que entregam experiência similar — com arquitetura assinada, acabamentos sofisticados, design exclusivo, “amenities” e localização premium —, custando até 20 vezes menos. São imóveis novos, na faixa de R$ 1 milhão, com excelente custo/benefício para quem quer investir ou morar e que começam a surgir em bairros cobiçados da cidade.
Na Zona Oeste, a Idea!Zarvos tem dois empreendimentos com esse perfil. O Edifício Floresta, já entregue, foi concebido pelo escritório MMBB na Vila Ipojuca, com piscinas, academia, salão de festas e uma praça central arborizada de 1,2 mil metros quadrados, criada pelo paisagista Rodrigo Oliveira. As unidades de 66 metros e dois dormitórios têm valor inicial de R$ 850 mil.
Em Perdizes, área nobre da cidade, o segundo prédio da incorporadora está em construção: o Tuca repete a dobradinha de autores e tem plantas de 80 metros quadrados vendidas a R$ 1,2 milhão. “Apartamentos com boa arquitetura na faixa de preço entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões, um valor incrivelmente baixo, são bem difíceis de encontrar em São Paulo”, afirma Otávio Zarvos, sócio-fundador da Idea! Zarvos.
Para ele, a escassez desse tipo de produto na capital paulista deve-se à decisão das incorporadoras de investir em arquitetura de qualidade apenas em empreendimentos mais caros, desenvolvidos com foco no público de alta renda.
Também em Perdizes, a incorporadora Bioma lançou neste mês uma alternativa para quem busca um prédio com design sem precisar investir uma fortuna: o Casa Vertical Apinajés. O projeto do escritório Perkins&Will tira proveito de um terreno com dimensões reduzidas para oferecer apartamentos de 65 metros quadrados ao custo inicial de R$ 1,2 milhão.
O Apinajés vem a reboque do sucesso do prédio anterior da marca, o Casa Vertical Fradique, em Pinheiros, entregue no início do ano com todas as 18 unidades — entre apartamentos-tipo, gardens e coberturas — vendidas. “Queremos que o cliente que tenha R$ 1,5 milhão para investir em moradia compare os produtos disponíveis no bairro e escolha o nosso pela combinação de localização, boa arquitetura e preço justo”, afirma Marcelo Yazaki, sócio da Bioma, ao lado de Henrique de Geroni.
Exclusividade
O caráter exclusivo é outro pilar do alto padrão que também pode ser encontrado nessa nova prateleira de produtos. Na Região Central de São Paulo, o retrofit Basílio 177 ainda tem 20% das unidades à venda, a maioria na faixa de R$ 1 milhão. O edifício é reconversão de um prédio comercial histórico dos anos 1930, projetado pelo escritório Ramos de Azevedo, o mesmo do Theatro Municipal e do Mercadão, e que foi sede da Telesp, a companhia telefônica do estado.
“Os apartamentos têm de 77 a 123 metros quadrados e tipologias totalmente diferentes em um prédio que é único na cidade, o que torna cada um deles um item de coleção”, avalia Bruno Scacchetti, CEO da Metaforma, responsável pelo projeto.
O executivo destaca que muitos clientes do empreendimento têm perfil de alta renda. “São pessoas que poderiam comprar em outros bairros, mas entenderam a proposta de valor embutida no projeto e o ótimo custo/benefício do negócio”, aponta.
Ainda na Grande São Paulo, em Santana de Parnaíba, vizinha da badalada Alphaville, a incorporadora Arqos criou uma opção de imóvel que alia conforto, segurança e qualidade de vida por R$ 1,3 milhão. São os apartamentos de 106 metros quadrados do Boulevard Alti, um conjunto de prédios para moradia, assinados pelo escritório aflalo/ gasperini arquitetos.
O empreendimento integra o bairro planejado Distritq: um complexo de 600 mil metros quadrados com residenciais, zonas comerciais e corporativas, parques e áreas de lazer vizinho a uma reserva biológica de 3,5 milhões de metros quadrados. “É muito difícil achar produto equivalente em qualidade e metragem com esse preço em São Paulo”, afirma Felipe Chukr, CEO da Arqos. Com 45% dos 227 apartamentos do Alti vendidos, o residencial já registra alta no valor do metro quadrado apenas cinco meses após o lançamento. A entrega está prevista para 2027.
Chukr destaca ainda a proximidade do centro urbano de Alphaville, com ampla oferta de serviços, hospitais, escolas, centros de compra, gastronomia e trabalho. “Poder morar em um espaço maior, com muito verde ao redor, perto de tudo de que se precisa e pela metade do preço tem atraído muitos paulistanos: 35% dos compradores do Alti vêm da capital”, informa.
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